Você já se sentiu “para trás” quando se trata de tecnologia?
Já sentiu dificuldades na hora de usá-la dentro da sala de aula?
E seus alunos, como se sentem em relação ao tema?
Ser um imigrante tecnológico – aprender a usar as tecnologias ao decorrer da vida -, e não um nativo tecnológico, assusta muitos professores na hora de encarar a sala de aula e alunos cada vez mais digitais.
Mas, afinal, o que a preparação tecnológica de docentes tem a ver com isso? E como ela pode potencializar o trabalho dos professores?
No post de hoje, discutimos sobre o assunto – e damos dicas práticas para tornar o processo mais fluido e natural na sua escola.
Confira!
O que você vai ver nesse post
1. Introdução
2. Bases para a educação tecnológica
3. Por que a tecnologia é mal vista às vezes
4. Vantagens da educação tecnológica
5. Por onde começar
6. Conclusão
Bases para a educação tecnológica
A educação tecnológica é um assunto recorrente na conversa com gestores escolares – especialmente quando se trata de preparar os professores para a nova realidade. E, apesar da necessidade, muitos deles reconhecem que professores ainda têm preocupações, medos ou resistência ao uso da tecnologia dentro e fora de sala de aula.
As bases que fundamentam tal preparação são fornecidas tanto pelo MEC quanto pela Base Nacional Comum Curricular, e são reconhecidas como fundamentais para a prática pedagógica. Afinal, quanto mais alfabetizados tecnologicamente os professores estiverem, mais podem explorar novas – e mais eficazes – metodologias de ensino, contribuindo com o desempenho de seus alunos.
Dessa forma, tal preparação tecnológica se torna uma responsabilidade social: afinal, permite não só a democratização do conhecimento para os próprios professores, mas também o uso da tecnologia em sala de aula para diversificar meios de ensino, ser objeto de estudo e também serem, para os alunos, “desmistificadas e democratizadas”.
Por que a educação tecnológica é às vezes mal vista
Resistência, desconhecimento ou desconfiança por parte da equipe pedagógica são algumas das reclamações dos gestores quando se trata de tecnologia dentro da escola. O medo aliado à falta de preparo é um dos maiores vilões – e que impedem educadores de alcançar resultados realmente positivos.
Dentre alguns dos principais motivos para essa resistência, estão:
– A falta de formação, não apenas durante o ensino superior, mas também na educação continuada. O despreparo pode ser tanto paralisante quanto desmotivador.
– A falta de percepção, já que muitos acreditam que a tecnologia ajuda apenas a melhorar um pouco o engajamento dos alunos, mas não a melhorar o desempenho deles. Essa inflexibilidade também pode ser explicada pelo primeiro ponto.
– A falta de infraestrutura adequada também é mencionada com frequência, em especial na rede pública. O pouco ou nulo acesso à internet e a falta de equipamentos são os problemas mais comuns relatados por educadores.
– A insegurança devido à falta de capacitação ou à relação inexistente do professor com as tecnologias.
– O medo de que a tecnologia irá distrair ou atrapalhar os alunos, afetando o desempenho do educador.
– A necessidade de sair da própria zona de conforto ao lidar com a tecnologia, o que pode tornar muitos professores resistentes às mudanças.
Apesar desses pontos, a educação tecnológica de docentes – e uso da tecnologia por eles – traz inúmeras vantagens para eles e seus alunos. Falamos sobre isso na seção abaixo.
Vantagens da educação tecnológica
1. Torna o professor mais confortável e mais seguro
Dominar ferramentas básicas e conhecer recursos tecnológicos coloca novamente o professor no controle da prática pedagógica. Enquanto alguns educadores que temem o uso da tecnologia sentem que às vezes perdem o controle de sala de aula, professores mais confiantes podem contornar a situação e usá-la a seu favor (e a favor de seus alunos).
2. Torna o ensino mais dinâmico e o aluno mais focado
O conhecimento das tecnologias pelo professor também permite que ele adote modalidades diferentes de ensino, como o ensino híbrido e a sala de aula invertida. Essa flexibilidade permite que o foco do ensino seja redirecionado ao aluno – e ele adote uma postura mais ativa nesse processo.
Como consequência, o engajamento, o interesse e a atenção dos alunos apresenta melhora – e propicia novamente o benefício número 1.
3. Permite a coleta e a análise de dados em tempo real
O uso da tecnologia é útil não apenas como metodologia de ensino, mas como cultura de dados: para coletar dados de desempenho de alunos, prever seu desenvolvimento e fazer intervenções mais certeiras. Dominar a tecnologia, explorá-la e reconhecer essas oportunidades ajudam professores a extrair dela insights para a própria prática pedagógica.
Por onde começar
Considerando a importância da tecnologia e suas vantagens para os educadores, por onde começar?
O primeiro passo pode ser iniciar o debate de forma acolhedora com a equipe pedagógica. Quais são suas dúvidas? Quais são suas frustrações e medos em relação à tecnologia? Quais são seus anseios? O que esperam? Abrir espaço para que compartilhem suas inseguranças também é uma forma de entender por onde começar a preparação.
Outro passo é levantar objetivos e prioridades da educação tecnológica: o que se quer alcançar com ela? Seria o melhor desempenho dos alunos? Insights sobre o que precisa ser mudado no processo de ensino-aprendizagem? Ou mais engajamento das turmas? Há muitas ferramentas disponíveis – desde equipamentos e softwares até metodologias completas -, mas é necessário saber onde se quer chegar para saber qual delas adotar na escola.
Por fim, é preciso identificar exatamente onde investir em infraestrutura. Com base nos objetivos traçados, se torna mais simples identificar quais alterações ou mudanças fazer. Será acesso à internet de maior qualidade? Laboratórios de informática? Salas de aula com carteiras em conjunto e lousas interativas? Ou equipamentos para professores e cursos de capacitação? Novamente, suas prioridades e objetivos é que apontarão o caminho a seguir – especialmente no que diz respeito à otimização de recursos.
Conclusão
A educação tecnológica de docentes tem muito a contribuir com a educação – não apenas tornando-os mais seguros e confiantes de sua própria atuação, mas também contribuindo para melhorar o desempenho e a experiência dos alunos em um mundo cada vez mais digital.
Gestores, diretores e outros educadores também têm muito a contribuir com o debate – e a compreender ainda mais a dimensão emocional por trás da tecnologia em sala de aula.
E você, o que pensa sobre o assunto? Já teve alguma experiência como essa dentro da sua escola?
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