Você já pensou em utilizar a robótica para potencializar o aprendizado dos seus alunos na Educação Especial? E para ajudá-los na integração com os demais alunos?
Pesquisas e testes dentro de salas de aula têm mostrado que essa nova modalidade pode ser uma grande aliada na inclusão de estudantes com deficiências, transtornos de desenvolvimento e superdotação – especialmente ao trabalhar suas habilidades cognitivas, motoras e sociais.
Mas você sabe exatamente como ou por quê?
É isso o que este post esclarece!
Continue lendo para saber mais sobre a Educação Especial e sobre as vantagens da robótica para os seus alunos.
O que você vai ver nesse post:
1. Introdução
2. Educação Especial: diretrizes e objetivos
3. O uso da robótica na Educação Especial
4. Vantagens da robótica na Educação Especial
5. Conclusão
Educação Especial: diretrizes e objetivos
O debate sobre Educação Especial é relativamente recente no Brasil e no mundo. A Declaração de Salamanca, uma resolução das Nações Unidas voltada a definir os padrões para a Educação Especial ao redor do mundo, foi oficializada apenas em 1994. Desde então, os países – incluindo o Brasil – têm adotado e atualizado suas políticas voltadas aos estudantes especiais.
Por aqui, o Ministério da Educação estabeleceu a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva em 2008. A partir dela, entende-se que a preocupação com os estudantes especiais é dever de todas as escolas (e não apenas das escolas especializadas) – e, por isso, deve ser incluída na proposta pedagógica das instituições.
Com essa política, alunos com deficiência, transtornos de desenvolvimento e até mesmo superdotação têm direito à educação, à socialização com os demais estudantes e também ao acompanhamento pedagógico. Segundo o próprio documento, o objetivo é garantir:
– acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino;
– transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior;
– oferta do atendimento educacional especializado;
– formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão;
– participação da família e da comunidade;
– acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação;
– e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
Entretanto, apesar da inclusão ser prevista por lei, o atendimento personalizado aos estudantes especiais muitas vezes fica comprometido devido ao tamanho das turmas ou pela própria dinâmica escolar. Para contornar esse desafio e garantir a melhor experiência para os alunos, a robótica pedagógica se mostra um caminho acessível e eficaz.
O uso da robótica na Educação Especial
Nas escolas, a robótica é tanto uma metodologia quanto um objeto de estudo. Como método, ela propõe o uso de habilidades cognitivas, motoras e sociais para a criação e execução de projetos. Como objeto de estudo, é parte do aprendizado sobre tecnologia, ciência e programação, e sua interface com outras disciplinas.
Durante as aulas, um projeto é apresentado para os alunos, que devem usar kits de montagem, peças, sucata ou outros equipamentos para executá-lo. Muitas vezes, também contam com peças de automação para programarem os protótipos.
Nessa dinâmica, o professor não apenas contextualiza o projeto com conteúdos vistos em sala de aula, mas também auxilia os alunos no processo de reconhecimento, montagem e apresentação.
De maneira geral, essa dinâmica promovida pela robótica é utilizada por professores e educadores para desenvolver nos alunos novos conhecimentos e habilidades relacionadas à solução de problemas complexos, ao raciocínio lógico e à liderança.
E além de ser uma abordagem integrativa – que reúne conteúdos de várias áreas do conhecimento, como matemática, biologia, português, inglês e história, por exemplo -, é também uma maneira eficaz de trabalhar habilidades com os alunos especiais – e já tem mostrado resultados significativos em várias escolas.
Alguns estudos, inclusive, mostram que a robótica não é apenas motivadora para os alunos em geral, mas facilita a relação entre eles – o que contribui ainda mais para a inclusão dos estudantes especiais.
Vantagens da robótica na Educação Especial
Criação de um ambiente adequado para o aprendizado
A versatilidade permitida pela robótica – tanto em relação ao estilo de aprendizado dos alunos, quanto ao tempo de cada um deles – é uma das maiores vantagens para incluir os estudantes especiais na dinâmica escolar. Além de promover a troca entre os colegas, também desafia os alunos a expandirem suas habilidades de forma lúdica, estimulante e divertida.
Desenvolvimento cognitivo e motor
Raciocínio lógico-matemático, comunicação interpessoal, capacidade de observação e coordenação motora são apenas algumas das habilidades desenvolvidas nas aulas de robótica – muito diferentes do modelo tradicional de ensino. Na Educação Especial, tais estímulos ajudam os alunos a superar barreiras e aprender de forma leve e eficaz.
Melhora na autoestima e na autoconfiança
O ganho de novas habilidades e a relação positiva com os colegas também promove nos alunos a melhora da autoestima e da autoconfiança. Ambas impactam diretamente a capacidade de aprendizado dos alunos e, por isso, são componentes essenciais do processo de ensino-aprendizagem.
Aumento da consciência sobre inclusão e respeito
A robótica para a Educação Especial não tem benefícios apenas para os alunos com deficiência, mas também para os colegas, professores e para a comunidade. Ao inclui-los nas dinâmicas de sala de aula, dar espaço para se expressarem e fornecer as ferramentas de que precisam para se desenvolverem, a robótica também abre espaço para a discussão sobre respeito e diversidade – e contribui ainda mais para a inclusão.
Conclusão
Ainda há muito a avançar no debate e nas políticas públicas para que alunos com deficiência, transtornos de desenvolvimento ou superdotação tenham suas necessidades educacionais devidamente atendidas.
Para contribuir com essas questões, a robótica pedagógica é uma forte aliada – e tem se mostrado uma alternativa inovadora, eficiente e inclusiva em pesquisas e em aplicações práticas da metodologia dentro das escolas.
Para implementar um programa de robótica na sua instituição, há vários recursos disponíveis – incluindo modalidades pensadas exclusivamente para a Educação Especial.
E você, já teve alguma experiência assim em sala de aula? Compartilhe conosco nos comentários!