No cenário atual de pandemia e instabilidade político-econômica, algumas empresas (senão todas) se veem obrigadas a inovar. Práticas, processos, tecnologia e pessoal – todos os setores passam a exigir otimização de alguma maneira.
Para fornecer os insights que empresários e empreendedores precisam em contextos dentro e fora de crises, a cultura data-driven se mostra mais que uma tendência: ela é uma exigência do novo mercado.
E não importa se sua escola tem 50, 200 ou 3.000 alunos – o data-driven é uma das principais tendências também para o setor educacional – e que promete balançar o ramo nos próximos 10 anos.
Preparamos este guia para te ajudar a ficar por dentro da tendência – e saber como adotá-la na sua escola.
O que é a cultura data-driven
Como você toma decisões: você confia na sua intuição, procura ajuda de outros profissionais ou levanta informações dentro da sua escola?
Um levantamento do MIT em parceria com a Google mostrou que quase 4 em cada 10 empresas ainda usam a intuição para tomar decisões. E, dessas 10, apenas 2 se consideram orientadas por dados.
Para transformar esse cenário, a cultura data-driven ajuda empresas e líderes a extrair informações dos dados e tomarem decisões mais assertivas – tanto para servirem melhor ao seu público quanto para ganhar competitividade parcela de mercado.
A cultura dirigida por dados também visa prever tendências ou movimentos de maneira mais eficaz.
E o que as escolas têm a ver com isso?
Escolas são geradores gigantes de dados.
Notas, cronogramas, eventos, matrículas… Todas essas interações geram grande volume de dados – e que podem ajudar as escolas a entender de onde vieram e para onde estão indo.
Infelizmente, muitas das instituições ainda não enxergaram o poder dessas informações – e estão um passo atrás da inovação. Pior: estão perdendo oportunidades de tomarem decisões mais estratégicas e se destacarem num mercado cada vez mais competitivo.
Isso porque a data-driven education é uma tendência mundial – não só para aprimorar as instituições, mas também para tornar a educação mais eficaz para todos.
E já existem algumas pesquisas que também aplicam a ciência de dados nas instituições públicas – e prometem ajudar pesquisadores, educadores e gestores públicos a melhorar o cenário da educação no Brasil.
Curiosidade: Michael Dell (sim, o fundador da Dell) e sua esposa, Susan, criaram uma fundação voltada exclusivamente para esse objetivo, a Michael e Susan Dell Foundation. Você pode saber mais sobre a fundação aqui.
Afinal, que dados acompanhar na minha escola?
Para instituir uma cultura dirigida por dados na sua instituição, é necessário pensar no objetivo. O que você quer saber, exatamente, sobre sua escola? Quais fatores gostaria de analisar?
Há várias aplicações da ciência de dados nesse contexto. Dentre elas, estão:
– Avaliação de desempenho de alunos e progressão das turmas
– Compreensão dos fatores de rotatividade de profissionais
– Mensuração das matrículas e recorrência de matrículas
– Levantamento de perfil de alunos (localidade, origem, renda)
– Predição do desempenho de alunos e professores com o passar do tempo
– Predição de desempenho de alunos em vestibular
O importante é decidir que dados você quer coletar – e quais deles são relevantes para as decisões a serem feitas naquele momento.
Na dúvida, bons especialistas e consultorias podem ajudar a minerar essas informações e implantar a cultura data-driven na sua instituição.
Como começar a coletar e analisar dados?
Além de decidir que dados são importantes para as suas decisões, aqui vão outras dicas para coletar e analisar os dados disponíveis na sua escola:
– Não se preocupe em analisar todos os dados de uma só vez. Inicie com um volume baixo e, à medida em que você estuda sobre ciência de dados, aprimore a coleta e faça cruzamento de variáveis.
– Utilize ferramentas, como o Excel, para visualizar os dados e realizar cálculos simples (como entender médias dos alunos, evolução das notas com o tempo ou outra informação que você deseja entender). Na dúvida, escolha um único fator (como desempenho dos alunos em Biologia, por exemplo) e avalie como as metodologias dos professores impactam o desempenho dos estudantes. Depois, expanda a análise progressivamente.
– Envolva os alunos e os seus colaboradores nessa jornada. Decisões baseadas em dados são chamadas de cultura por um motivo – e todos podem ganhar muito com esse novo hábito (tanto para suas vidas pessoais quanto profissionais).
– Discuta os dados com os envolvidos – e, aqui, você pode também incluir os pais. Algumas das informações também podem ser compartilhadas com fornecedores, quando estratégicas, para reforçar parcerias ou expandir o negócio.
– Contrate uma consultoria ou um analista de ciência de dados quando você estiver seguro para dar o próximo passo. À medida em que as análises se expandem para áreas mais estratégias da instituição, todo conhecimento será bem-vindo.
Você já teve alguma experiência com coleta e análise de dados na sua escola? Compartilhe com a gente!