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O pensamento crítico e a solução de problemas são duas das características que os professores e gestores mais mencionam como fundamentais para os alunos. Não à toa, vários dos nossos materiais aqui no blog e nas redes sociais mencionam ambas as habilidades – e procuram ajudar educadores a desenvolvê-las nos estudantes.
Mas, afinal, de onde vem o pensamento crítico? O que é, exatamente, pensamento crítico? Qual sua contribuição para a solução de problemas? Existem alternativas?
No post de hoje, queremos introduzir o conceito de pensamento vertical, horizontal e lateral – e explicar como essas diferentes formas de pensamento podem ser integradas e usadas como solução educacional no desenvolvimento de habilidades.
Boa leitura!
O que é pensamento vertical
O pensamento vertical, também chamado de convergente, é o tipo de pensamento que foca em encontrar a solução correta para um problema. De forma geral, ele também é conhecido por pensamento crítico.
No pensamento vertical, usa-se a lógica – um processo passo a passo para encontrar a solução desejada. Nas escolas, esse tipo de pensamento é exercitado nos testes de múltipla escolha, por exemplo, e nas disciplinas como a matemática.
Apesar de ser importante para nossa forma de pensar e interagir com o mundo (afinal, soluções lógicas são necessárias para vários dos problemas), o pensamento vertical também é rígido. De maneira extrema, isso pode significar permanecer com uma forma de resolver problemas, sem questioná-la, em detrimento de outras.
O que é pensamento horizontal
O pensamento horizontal, também conhecido como divergente, é o método de pensamento usado para gerar ideias criativas e explorar soluções. Aqui, usa-se a imaginação – e, por isso, criatividade é a palavra de ordem.
Ao contrário do pensamento vertical, aqui, há muitas soluções possíveis para um só problema – e o brainstorming de ideias é uma parte relevante do processo. Nas escolas, trabalhos em grupo, debates em sala e matérias como as artes são exemplos relevantes de aplicação do pensamento horizontal.
Entretanto, na maioria dos casos, essa flexibilidade não é tão praticada em outras disciplinas escolares – como biologia, matemática e até língua portuguesa.
E se ambas as formas de pensar são importantes e têm aplicações, como reuni-las para potencializar o aprendizado dos alunos?
Aqui, entra o pensamento lateral.
O que é pensamento lateral
O pensamento lateral – o famoso pensar fora da caixa – é a estrutura de pensamento que utiliza tanto o pensamento vertical quanto horizontal. O objetivo? Resolver problemas tanto de forma direta quanto indireta.
A principal premissa dessa forma de pensamento é que os problemas e desafios, complexos por si só, precisam de uma gama de possibilidades de solução – filtradas, é claro, pela lógica.
Nessa forma de pensar, o pensamento horizontal (ou criativo) é usado para explorar as soluções possíveis para o problema em questão. A principal característica dessa etapa é a criação de conexões com outros desafios, temas ou assuntos que, a princípio, não estariam diretamente relacionados ao tópico principal.
Após a etapa criativa, utiliza-se o pensamento vertical (ou crítico) para julgar a validade das ideias levantadas – e finalmente estruturá-las para a solução do problema.
Por essa razão, o pensamento lateral é considerado flexível – ele olha o problema de ângulos diferentes e gera novas ideias e insights sobre ele, sem deixar de lado a real intervenção que resolve o desafio.
Nas escolas, o pensamento lateral é fortemente exercitado pela robótica e pela programação, por exemplo. Essas são disciplinas que buscam integrar várias outras, de maneira horizontal, a fim de um objetivo – a construção de um protótipo com aplicação real, por exemplo.
Agora que você conheceu ou relembrou as três formas de pensar, como vê a aplicação delas nas suas aulas? E em contexto EaD – você acha possível utilizá-las? Compartilhe sua opinião conosco nos comentários!